To no silêncio de um motel, e as desesperanças afloram outra vez, tudo começou com um vazio no estômago e um incentivo: uma calcinha vermelha. O que esse simples pedaço de pano representa afinal?Esta peça vai além do superficial, liberta o animal em uma mente centrada um Dionísio na completa razão.
Eu sobrevivo dos desejos primários de homens desequilibrados, eu sou o resultado do erro das relações sem sucesso, e o meu mundo não tem cor pra quem vê de cima.
Eu me acostumei a ser apedrejada, e me acostumei a ser perdoada por um sujeito qualquer e acabar no meu ninho inicial, na cama com um estranho.É pra um estranho que eu vendo a porta do meu corpo, e a sensação de ser usada passa como todos passaram.
Uma vez um garoto me perguntou se eu nunca tinha amado.Eu não soube responder, não pela minha falta de conhecimentos exteriores, mas meu coração não soube nem perguntar.Eu cheguei a conclusão de que eu amava a rua, e tudo o que nela existia, até o soar do amanhecer, este era o meu melhor amante.
O ódio que me desperta mais uma agressão,é o que me incentiva mais uma noite, um dia;este ódio é de revolta, o conheço muito bem, mas tem um ar doce e cativante.
Os meus olhos me revelam, e acima de tudo são repletos de uma carência sem fim, a diferença, é que eu mostro e deixo aberta as minhas feridas enquanto quem me julga as deixa ocultas
Eu pertenço ao subúrbio e o meu espelho é manchado de batom, os meus trapos são restos, cortei, eu cortei, para eles darem vida ao meu corpo esquelético, ao meu único confidente.O meu corpo, que é o cofre da minha memória se manifesta por mim.Eu preciso dos meus extremos para acordar amanhã e colocar a máscara de que a vida vai vir de novo.
Eu faço de conta que eu sou criança na mão de gente grande, e é fantasiando que eu cruzo outra esquina.Sou assim.
Um comentário:
Chorei :~ [/brinks
Ficou sensacional, eu diria! o/
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